Junto de cada forma indica-se o número de ocorrências e o código dos textos em que a mesma ocorre.

As formas verbais amalgamadas com clíticos aparecem entre chavetas à direita da forma correspondente. Quando não foi possível deduzir a forma correspondente, assinala-se o facto com asterisco antes da chaveta.

A/s acepção/ões do verbo é/são indicada/s, por um (quase) homónimo moderno, sempre que possível, por um sinónimo ou por uma breve perífrase. A cada acepção corresponde um algarismo árabe de um dígito. Em alguns artigos, porém, encontram-se acepções marcadas por algarismos com três dígitos, que correspondem a expressões multipalavra ou lexias complexas em que figura o verbo.

A selecção semântica é explicitada na proposição que dá conta do número e tipo de argumentos associados ao verbo. Um argumento animado é referido através do termo genérico "alguém", que recobre, por isso, argumentos humanos e não humanos; um argumento não animado é referido como "algo"; um argumento sem este tipo de restrição é referido por "alg". Para além destes, são ainda usados termos genéricos como "função", "situação", "lugar", "fazer", "acontecer", etc. Na proposição, o verbo é apresentado no presente do indicativo (na forma gráfica atestada mais próxima da actual), registando-se as preposições e outros núcleos funcionais seleccionados. A ordem dos constituintes é a seguinte: argumento externo - verbo - argumento/s interno/s. Distinguem-se aqui os verbos transitivos, ergativos e inergativos.

Dada a especificidade deste trabalho, que assenta na descrição baseada num corpus limitado de uma variedade do português de que não existem falantes que possam fornecer dados por introspecção, muitas das descrições correspondem a hipóteses assentes também no conhecimento do português actual, quando compatíveis com os dados recolhidos no corpus.

Quando a uma mesma acepção correspondem várias proposições, são constituídos diferentes blocos de descrição sob o mesmo algarismo.

A selecção sintáctica ou subcategorização especifica a categoria dos complementos do verbo e a possibilidade da sua omissão, expressa através de parênteses curvos. Tal como na explicitação da proposição, o conhecimento do português actual fundamenta a análise apresentada. Quando os complementos são frásicos, é indicada a natureza temporalizada ou infinitiva da subordinada e, se temporalizada, o modo ([ ¾ Finf] vs. [ ¾ que/se Find] vs. [ ¾ que/se Fconj] ). Quando os complementos podem ser ou não regidos de preposição (tipicamente "a" ou "de"), a preposição fica entre parênteses curvos e a categoria especificada é a do constituinte à sua direita (ex. [ ¾ (a/de) SN] ). No caso dos verbos predicativos, são especificados o sujeito e o predicado da oração pequena que seleccionam (ex. [ ¾ [ SN SX] ]). Em alguns casos, para além da oração pequena complemento, é indicado um outro constituinte que funciona como predicado secundário e que pode ser reanalisado como predicado da oração pequena, na ausência deste (ex. [ ¾ [ SN SX] ] SY vs. [ ¾ [ SN SY] ]).

A/s atestação/ões são excertos escolhidos com base nas concordâncias. São indentificadas com a data e o código da fonte textual. O verbo é destacado a negrito, bem como os núcleos funcionais seleccionados. É escolhida a atestação mais antiga, mas, se houver outros contextos mais completos ou mais claros, escolhe-se um segundo exemplo.

As fichas lexicográficas deste dicionário encontram-se na Base de Dados do Dicionário de Verbos do Português Medieval, construída em formato Access por Luís Reis.

Equipa de Trabalho

  • M.Francisca Xavier
  • M.Graça Vicente
  • M.Lourdes Crispim
  • M.Teresa Brocardo
  • Stephen Parkinson
  • Adriana Cardoso
  • Alexandra Fiéis
  • Ana Castro
  • Ana C. Gonçalves
  • Ana M. Gonçalves
  • Carlos Rocha
  • Catarina Caires
  • Cristina Silva
  • Susana Pereira
  • Teresa Oliveira

As organizadoras

M. F. Xavier; Graça Vicente; M.L. Crispim

Lisboa, Setembro de 1999

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Projecto financiado por FCT-MCES.